“Rir é o melhor remédio”?
Verdade Mas..
Estudos cientificos dos ultimos 10 anos têm mostrado que o riso tem impacto a nível biológico e altera a nossa produção hormonal.
Apesar de não ser uma “cura para todos os males” nem substituir tratamentos farmacológicos, há já benefícios comprovados.
O que acontece no corpo quando rimos?
O riso não é apenas uma reação emocional: é uma resposta fisiológica complexa que envolve músculos faciais, respiração, hormonas e circuitos cerebrais. Estudos recentes mostram que uma sessão curta de riso pode:
Reduzir o cortisol (a hormona do stress)
Um estudo de 2023 concluiu que o riso reduz o cortisol em cerca de 30–36% após uma única sessão. Esta hormona é geralmente libertada em situações de stress e a longo prazo tem um efeito negativo.
Aumentar a tolerância à dor
As endorfinas libertadas durante o riso funcionam como analgésicos naturais, aumentando a tolerância ao desconforto físico. Comprovado pela testagem dos níveis de dor após a exibição de vídeos cómicos vs. a exibição de documentários.
Benefícios psicológicos e sociais
O riso melhora o humor, reduz os níveis de ansiedade e tem o benefício extra de fortalecer conecções social.
Há ainda alguma evidência menos consistente sobre beneficios cardiovasculares no sistema imunitário.
E o “riso forçado”? Funciona?
Muitas vezes o riso espontâneo pode parecer difícil de acontecer, principalmente em situações de stress ou com humor deprimido.
O riso forçado não deve ser usado como um máscara social, mas como um “auto-tratamento”.
Também foi investigado se rir de forma artificial, por exemplo ao espelho ou em sessões de “yoga do riso”, também teria efeitos benéficos.
A resposta, segundo a evidência mais recente, é: sim, mas com diferenças.
O riso forçado não desencadeia todas as respostas cerebrais do riso espontâneo, mas a nível fisiológico ainda produz benefícios, especialmente:
Redução da libertação de cortisol
Relaxamento muscular
Melhora da respiração e da oxigenação
Aumento de endorfinas após alguns minutos
O riso deve ser encarado como uma ferramenta complementar: simples e acessível para reduzir stress e promover bem-estar.
Ou seja: rir pode não curar doenças, mas ajuda-nos a viver melhor — e isso, por si só, já é uma forma de medicina.